QUANTO VALE OU É POR QUILO?

A REALIDADE SOBRE A TAL SOLIDARIEDADE DE “FACHADA”

Quanto Vale ou É Por Quilo? Desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica socioeconômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores. 

(por Maria Teresa Perret Schulte, Facebook)

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Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br

MACACO SALVA FILHOTE DE CACHORRO EM EXPLOSÃO NA CHINA, 2010

Esta foto corre as redes sociais. Foi flagrada após uma explosão de fábrica na cidade de Nanjing, China, em 28 de julho de 2010.

Entendo o apelo emocional e a ação que, por si só, é emocionante e nos prende. Mas sempre ando a ver por aí essa “humanização” de reflexos que estão na base da adaptação das espécies. Com raríssimas exceções já estudadas (não finalizadas – e nem poderiam) e conhecidas inclusive, como um intenso, complexo e admirável processo cognitivo vistos em macacos superiores, golfinhos e elefantes entre mais alguns animais, atitudes como essas acabam por se encontrar em reflexos, estímulos e instinto de sobrevivência. O que leva à proteção.

Portanto, categorias como compaixão (isso pertence à cultura – mas não é de sua propriedade inalterada -, pertence ao processo de hominização – hominídeos > cultura [produzindo trabalho] > Homo sapiens), que simbolicamente chamamos de gênese do Homo demens, momento quando aprendemos a ter sentimento, afeição, sorrir, dor (não somente física), raiva etc.; como bondade, preocupação (que pressupõe o abstrato anteriormente ao ato concreto, a projeção da realidade no espaço temporal e cognitivo do animal humano); consciência não são adequadas a questões como essas.

Noutros termos: não se trata de desconstruir toda a intensidade da imagem e a beleza (e a tragédia) dos fatos que se repetem, como o da foto. Mas precisamos ter claro que “humanizamos” atitudes de outras espécies. E reduzimos a percepção de outros animais ao mesmo patamar ou nível da percepção hominídea. Os reflexos e estímulos apropriados pelo instinto forjado no processo de adaptação da vida devem ser compreendidos no patamar que lhe cabem, a partir do que já produzimos como conhecimento na escala humana. Enquanto não conseguimos comprovar o contrário do que se opina aqui, o mais sensato é termos muita calma nessa hora.

(PS.: à guisa de informação pra embasar um pouco essas questões, claro, dentro do quase nada tempo que sobra, se sobrar, Edgar Morin, num livrinho já rodado, nem reeditado mais, mas que se acha nas melhores universidades e sebos, trata bem dessa questão: O Enigma do Homem: para uma nova antropologia, em especial as 3 primeiras partes com seus respectivos capítulos: “A Junção Epistemológica”, “A Hominização (A Antropossociogênese)” e “Um Animal dotado de Desrazão” (nesta, especial atenção ao seus caps. 1 e 2, respectivamente, ‘Sapiens-Demens’ e ‘ A Hipercomplexidade’).

MAS QUE A IMAGEM É MUITO LOUCA, AH ISSO É!

ATENAS ARDE EM PROTESTOS CONTRA POLÍTICA DA “TROIKA”

 A Grécia viveu neste domingo os mais violentos protestos dos últimos meses contra as políticas impostas ao país pela chamada “troika” (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia). Em meio a violentos protestos, o parlamento grego aprovou um novo “pacote de austeridade”, que resultará em milhares de demissões e cortes de gastos públicos. No início da noite, vários prédios históricos de Atenas estavam em chamas e os manifestantes enfrentavam a polícia com pedras e coqueteis molotov.

Dezenas de milhares de pessoas compareceram à maior manifestação em Atenas contra a austeridade e os cortes de gastos públicos aprovados neste domingo no parlamento grego. A multidão dispersou da Praça Syntagma quando a polícia a atacou com gás lacrimogêneo, mas muitos grupos permaneceram no centro de Atenas enfrentando a polícia com pedras e coqueteis molotov. 

Manolis Glezos, o herói da resistência grega ao nazismo e membro do Syriza, perguntava à imprensa “como é possível implementar estas medidas com gás lacrimogéneo?”. “Elas não têm o voto do povo grego”, acrescentou este militante de 90 anos, ainda com a máscara de gás colocada e dificuldade em respirar.

Outro veterano nesta manifestação contra o governo da troika foi o compositor Mikis Theodorakis. Foi quando se preparava para dirigir à multidão na Praça Syntagma que a polícia começou a disparar o gás lacrimogêneo. Aos microfones duma rádio grega, uma porta-voz de Theodorakis acusou a polícia de “tentativa de assassinato” por ter tentado deliberadamente atingir o compositor de 86 anos. Em declarações aos jornalistas, Theodorakis afirmou-se confiante que “o povo vencerá”, tal como aconteceu contra os nazis e a junta militar.

Todo o centro de Atenas ficou sob a nuvem do gás policial e os focos de incêndio estão também disseminados, com os confrontos sem fim à vista. Ao fim da tarde, estavam encerradas quatro estações de metrô no centro de Atenas por ordem da polícia. O líder sindical do metrô disse que os trabalhadores não viam razões para o encerramento e que a intenção da polícia era impedir as pessoas de chegarem à Praça. Entretanto, a outra manifestação da tarde, convocada pela central sindical PAME, dirigia-se para a Praça Syntagma.

Dentro do Parlamento, o debate teve início depois das 15h, com o ministro das Finanças tentando explicar aos deputados a pressa para aprovar a proposta até à meia noite de domingo. Um deputado independente questionou o parlamento sobre se tinha a certeza do que estava para ser votado, quando há várias falhas no documento, incluindo partes em que aparece “XX” em vez do número da quantia a que se refere.

O dia parlamentar também foi marcado pela tomada de posse de alguns deputados, em substituição daqueles que se demitiram em protesto contra o pacote de austeridade que vai reduzir o salário mínimo, despedir milhares de funcionários públicos e cortar ainda mais na Saúde e gastos sociais. Mas há casos em que o substituto, em vez de vir apoiar o governo cada vez mais frágil, toma posse para votar contra o seu partido. É o que acontece à atriz Anna Vagena, da lista do PASOK.

No sábado, era já conhecida a oposição de mais de dez deputados do PASOK, que se tem afundado nas sondagens nos últimos meses, e mesmo da Nova Democracia, incluindo o líder parlamentar e os deputados responsáveis pelos assuntos da Defesa e do Interior. A extrema-direita do LAOS, que retirou o apoio ao Governo de Lucas Papademos, também votará contra, à exceção dos seus antigos ministros.

Publicado originalmente em Carta Maior (Dom. 12.02.2012)

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19605

LIVROS ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS e HUMANAS

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Obras estão disponíveis para download gratuito. Livros fazem parte da coleção da Cultura Acadêmica, braço da Editora da UNESP


 A UNIVERSIA/UNESP Universidade Estadual Paulista (UNESP) está disponibilizando títulos acadêmicos em formato digital para download gratuito. 

EVOLUÇÃO HUMANA. ANTES DE DOMINARMOS A TERRA

Fontes: You Tube e Documentários Vários WordPress (http://documentariosvarios.wordpress.com/2012/02/02/evolucao-humana/)

Evolução humana

A evolução humana, ou antropogênese, é a origem e a evolução do Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia física, primatologia, a arqueologia, linguística e genética.

O termo “humano” no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos. O gênero Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África. Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés – o único outro hominins vivo – entre 5 e 7 milhões anos atrás. Diversas espécies de Homo evoluíram e agora estão extintas. Estas incluem o Homo erectus, que habitou a Ásia, e o Homo neanderthalensis, que habitou a Europa. O Homo sapiens arcaico evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás.

A opinião dominante entre os cientistas sobre a origem dos humanos anatomicamente modernos é a “Hipótese da origem única”, que argumenta que o Homo sapiens surgiu na África e migrou para fora da continente em torno 50-100,000 anos atrás, substituindo as populações de H. erectus na Ásia e de H. neanderthalensis na Europa. Já os cientistas que apoiam a “Hipótese multirregional” argumentam que o Homo sapiens evoluiu em regiões geograficamente separadas.

TEMPOS MODERNOS (1936). Charlie Chaplin

Fonte: do You Tube

Modern Times, 1936 – Nesse filme não há meio termo, Chaplin realmente quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravização. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua.

Um trabalhador de uma fábrica (Chaplin) tem um colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava. É levado para um hospital, e quando retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada. Vai em busca de outro destino, mas acaba se envolvendo numa confusão: ao ver uma jovem (Paulette) roubar um pão para comer, decide se entregar em seu lugar. Não dá certo, pois uma grã-fina tinha visto o que houve e entrega tudo. A prisão para ele parece ser o melhor local para se viver: tranqüilo, seguro e entre amigos. Mesmo assim, os dois acabam escapando e vão tentar a vida de outra maneira. A amizade que surge entre os dois é bela, porém não os alimenta. Ele tem que arrumar um emprego rapidamente.

Consegue um emprego numa outra fábrica, mas logo os operários entram em greve e ele mete-se novamente em perigo. No meio da confusão, encontra uma bandeira vermelha, que julga ter caído de um caminhão e chama pelo dono, enquanto acena com ela. Um grupo de militantes surge atrás dele, e “junta-se” ao vagabundo. A polícia chega e o toma como líder. Vai preso ao jogar sem querer uma pedra na cabeça de um policial.

Paulette consegue trabalho como dançarina num Music Hall e emprega seu amigo como garçom. Também não dá certo, e os dois seguem, numa estrada, rumo a mais aventuras.